O atleta Pierre Yevenel Stephan é hoje um agente de mudança na história esportiva do Haiti, ao tornar-se o primeiro ginasta do país caribenho que participará de Jogos Olímpicos em 124 anos.

“Sendo o primeiro ginasta haitiano, com a primeira participação do Haiti nos Jogos Olímpicos nesta disciplina, será uma honra para mim participar e passar para a história de meu esporte e de minha nação”, disse Stephan.

Em encontros estivais, o país mais pobre do hemisfério ocidental só pôde conseguir uma medalha de prata em tiro por equipe em Paris 1924 e uma de bronze em salto longo em Amsterdam 1928, razão pela qual Stephan espera que sua atuação dê uma nova dimensão ao legado do movimento esportivo haitiano.

Nascido no Haiti, o atleta de 24 anos foi adotado em 2003 por pais franceses e cresceu no país gaulês. Desde maio de 2023, veste com orgulho as cores de sua terra natal no cenário internacional.

A ideia de tornar-se o primeiro ginasta haitiano a competir nos Jogos Olímpicos em 124 anos, é emocionante e estressante para Stephan, como disse ao diário Le Nouvelliste.

“É difícil para mim, mas digo a mim mesmo que tudo o que faço, faço pelo Haiti. Tenho que lutar, pois meu objetivo principal é inspirar os atletas haitianos e todas as gerações futuras”, afirmou.

“Quero tornar o Haiti conhecido por meio da ginástica e mostrar ao mundo os aspectos positivos do país; aos jovens, digo: ‘acreditem em seus sonhos, se eu pude conseguir tudo isto, você também pode, nada é impossível’”, assegurou o atleta franco-haitiano aconselhando os jovens desta disciplina.

  • Calavera@lemm.ee
    link
    fedilink
    arrow-up
    0
    ·
    5 months ago

    O fato de ele não ter sido criado no Haiti, pra mim, faz essa notícia ser um pouco irrisória. Qual é a conquista real do país nesse caso?

    Acho que é até o contrário, mostra a triste realidade de que quem está realmente no país, não tem a mínima chance

    • yuribravos@lemmy.eco.br
      link
      fedilink
      arrow-up
      0
      ·
      5 months ago

      É um ponto, mas boa parte dos atletas do mundo todo treinam fora dos seus países de origem. Inclusive de países desenvolvidos.